Carros Autônomos - Estaremos Seguros?

Uma das maiores preocupações a alguns anos era sobre o como habilitar tecnologias para termos carros autônomos. LIDAR, sensores, 5g, AI, dentre outras siglas fazem parte deste contexto que soma em um único dispositivo uma tecnologia digna de uma nave espacial, e, estamos falando de um carro somente.

O transporte urbano é hoje um dos problemas de diversas cidades no mundo, recentemente um estudo tentou ensinar aos sistemas de inteligência artificial a ética por trás de uma decisão. Imagine atropelar uma criança ou bater em um muro de concreto colocando em risco o passageiro do carro. Qual a melhor decisão? Defender o dono do carro ou a criança?

Outras questões também são discutidas, uma delas é sobre a responsabilidade de falhas. Programadores, engenheiros, montadoras, integradoras fazem da indústria de carros autônomos uma linha bem lucrativa. Agora temos mais atores nesse processo e um sistema que toma decisões em tempo real, altamente conectado.

Quando se fala de conectividade, a segurança e a privacidade vem em anexo. Um carro atualmente, dos que temos na garagem de casa ou os que utilizamos em serviços como Uber, tem uma gama de processadores e também são conectados, mas em uma escala bem menor de funcionalidades abertas.

O futuro nos reserva por exemplo problemas de um carro ser sequestrado remotamente, ou ter seus sistemas de navegação alterados. Que tal pensarmos em algo como controle de veículos para promover crimes, como atropelamentos. Todas as afirmações anteriores parecem sair de filmes ou do mundo da ficção, mas não são.

Um grande novo negócio na era das coisas conectadas é a segurança, e, cada vez mais, veremos acordos em projetos de cooperação neste tema.

Um exemplo é o da Panasonic e da Trend Micro que selaram uma parceria para desenvolver mecanismos de contenção de ataques cibernéticos contra carros autônomos e conectados.

A parceria tem como objetivo alcançar a alta segurança de carros autônomos e conectados através do desenvolvimento de uma solução para detectar e prevenir intrusões em Unidades de Controle Eletrônico que controlam o comportamento de condução, como aceleração, direção e travagem, bem como toda a parte de entretenimento e aplicações que usem informações de controle, além de sistemas de navegação.

Os riscos de hackers que controlam os sistemas de direção e freio em carros conectados são reais. Novas vulnerabilidades de segurança são descobertas todos os dias e representam um risco de exploração remota. Portanto, é importante criar medidas de segurança, além de se monitorar e analisar novas formas de ataque disseram as empresas em nota.

Hoje um dos pontos de ataque se dá diretamente no acesso a rede privada (CAN) e é dela que se extraem dados para manipulação de sistemas dos veículos.

Claro que este exemplo de esforço é um dos diversos que vem se formando sobre o entendimento do tema e que para a pergunta da imagem do artigo, tenho a consciência de falar que teremos problemas, mas estaremos de uma maneira geral seguros.

Que venha o futuro!

JM

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